As Rochas Sedimentares são formadas através de vários processos e matérias. Assim, para uma melhor classificação, estas rochas são divididas em três grupos: rochas detríticas, rochas quimiogénicas e rochas biogénicas.
Carvão:
Forma-se em ambientes continentais pantanosos, ou zonas de difícil drenagem de água. Nestas zonas, a parte inferior dos musgos e outras plantas transforma-se, através da acção de microrganismos anaeróbios transformam-se em turfa, a matéria-prima do carvão, produto carbonoso, muito rico em matérias voláteis. A evolução do carvão a partir da turfa designa-se por incarbonização (perda de água e substâncias voláteis e consequente enriquecimento de carbono). No processo de incarbonização, o material vegetal da turfa sofre transformações bioquímicas, por acção de microrganismos. O aprofundamento do material vegetal leva a alterações das condições de pressão e temperatura e dão início a transformações geoquímicas, em que se verifica a perda de água e substâncias voláteis, diminuição da porosidade e o aumento da concentração de carbono.
O carvão menos energético é hulha, seguida da lignite (energia moderada), carvão betuminoso (energia elevada) e a antracite (energia bastante elevada).
Petróleo: embora o petróleo não seja uma rocha, porque se encontra no estado liquido, encontra-se unicamente no interior de rochas sedimentares, acabando por ser estudado juntamente com estas.
Nas condições de pressão, temperatura e normais o petróleo encontra-se no estado sólido (asfaltos ou betumes), no estado liquido (petróleo bruto ou nafta) e no estado gasoso (gás natural). É constituído principalmente por plâncton, forma-se num ambiente anaeróbico e em determinadas condições de temperatura.
A evolução do petróleo, até a sua verdadeira formação, pode demorar milhões de anos e ocorre na rocha-mãe.
Os hidrocarbonetos fluidos, como são pouco densos, quando sujeitas a pressão, deixam a rocha-mãe e passam a acumular se em rochas porosas e permeáveis (arenitos, conglomerados, rochas carbonatadas), a rocha-armazém. Logo a cima desta, encontra-se a rocha-cobertura, que é impermeável e tem como objetivo impedir a passagem e dispersão do petróleo para a superfície.
Este conjunto de rochas bem como outras estruturas, como falhas, dobras ou domas salinos, impedem que o petróleo acenda a superfície, constituindo assim a armadilha petrolífera, que nos permitem a extração de petróleo através dos jazigos petrolíferos.
1º) Rochas Detríticas:
As rochas sedimentares detríticas são sedimentos provenientes dos processos de meteorização e erosão em rochas que já existiam. A granulometria (medição do tamanho dos grãos) dos materiais constituintes das rochas são muito variáveis Então, constituíram-se escalas granulométricas.
Fig.1- Escala (simplificada) de Udden & Wentworth. |
Nas rochas detríticas, os sedimentos podem se apresentar mais ou menos angulosos e arredondados, de acordo com a duração do transporte, a distância percorrida, a velocidade do transporte e a dureza do material.
Por exemplo, um sedimento que tenha percorrido uma distância de 12 metros, a uma maior velocidade e com uma longa duração, será bastante mais arredondado e menos angulosos do que um sedimento que tenha percorrido uma distância de 5 metros, com uma velocidade e tempo de duração de transporte menor.
Dentro das rochas detríticas, encontramos as rochas conglomeráticas, as rochas areníticas, rochas sílticas e rochas argilosas.
As Rochas Conglomeráticas são constituídas por detritos superiores a 2 milímetros sendo os fragmentos das rochas constituídos por vários minerais. As rochas de dimensões mais pequenas, podem conter apenas um único mineral.
-> Materiais angulosos cimentados- Rochas consolidadas (Brechas).
-> Cimentação de calhaus rolados- Rochas consolidadas (Conglomerados).
Fig.2- Brechas & Conglomerados. |
Rochas Areníticas são rochas desagregadas. Geralmente, encontram-se em ambientes como rios e as suas margens, nas praias, desertos e dunas litorais. Como tem uma composição e aspecto significativamente diferente, estas rochas podem nos dar indicações sobre a fonte dos materiais que as constituem e o ambiente em que se formaram.
Fig. 3- Diferentes tipos de Rochas areníticas. |
As areias mais comuns são as areias quartzosas, de cor clara e constituídas por grãos de quartzo. Contudo, existem também areias calcárias, formadas por grãos de calcite e areias negras, formados por minerais ricos em ferro e magnésio.
Entre os grãos de areia existem também espaços ou que vão ser preenchidos por água ou ar, assim podemos classificar as areias como bastante permeáveis.
Se ocorrer precipitação de substâncias dissolvidas na água, que circula nos poros, as areias cimentam-se e formam os arenitos.
Rochas Sílticas são constituídas por partículas com dimensões entre 1/16 e 1/256 milímetros.
Rochas Argilosas são constituídas, principalmente, por minerais de argila resultantes da meteorização química de vários minerais. Compreende rochas com dimensões inferiores a 1/256 milímetros.
As partículas argilosas podem ser transportados pelas águas de escorrência e pelos cursos de água. Quando submetidas à compressão das camadas suprajacentes, começam a tornar-se cada vez mais coerentes e compactas, acabando por formar argilitos.
As rochas argilosas puras, ao contrário do que se pensa, são brancas e chamam-se caulino.
Fig.4- Caulino (Rocha argilosa pura). |
Quando saturadas de água, as argilas tornam-se praticamente impermeáveis. Quando as vasas argilosas, onde está contida a água, secam e evaporam devido a exposição ao ar seco, forma-se na rocha fendilhas, que se designam de fendas de dessecação ou fendas de retração (diminuição do volume do material argiloso devido à perda de água).
As argilas caracterizam-se por serem rochas pouco duras, friáveis (reduzem-se facilmente a pó) e quando bafejadas têm um cheiro característica a barro.
2º) Rochas quimiogénicas:
As rochas quimiogénicas são formadas pelos materiais resultantes da precipitação de substâncias em solução. A formação destas rochas envolve vários processos, um dos quais a evaporação da agua onde as substancias estão dissolvidadas originando cristais que se acumulam e formam os evaporitos. Outro processo envolve a precipitação por acção de reacções químicas, quando as condições certas do meio variam.
No interior das grutas, por exemplo, há transporte de hidrogenocarboneto de cálcio que em determinadas condições precipita sob a forma de carbonato de cálcio e deposita-se formando calcários de precipitação. Este carbonato que precipita da água flui sobre o chão da gruta e pode originar uma rocha mais ou menos compacta, o travertino.
E agora, deves estar a perguntar-te "Como se formar as grutas?!". As grutas resultam basicamente da remoção de hidrogenocarbonato das rochas calcárias. Devido a circulação de águas acidificadas, por causa do dióxido de carbono, o carbonato de cálcio que as constitui é solubilizado sendo então, o hidrogenocarbonato removido. Assim, a rocha fica modelado, apresentando a superfície um rendilhado de sulcos e cavidades conhecido como lapiaz que no seu interior formam as grutas e galerias.
E agora, deves estar a perguntar-te "Como se formar as grutas?!". As grutas resultam basicamente da remoção de hidrogenocarbonato das rochas calcárias. Devido a circulação de águas acidificadas, por causa do dióxido de carbono, o carbonato de cálcio que as constitui é solubilizado sendo então, o hidrogenocarbonato removido. Assim, a rocha fica modelado, apresentando a superfície um rendilhado de sulcos e cavidades conhecido como lapiaz que no seu interior formam as grutas e galerias.
Fig.5- Constituição de uma gruta. |
A água que goteja do teto da gruta, contem carbonato de cálcio, cada desprendimento de uma película que contenha carbonato de cálcio, por acumulação sucessiva ao longo de milhares de milhões de anos vão formar as estalactites.
Já as estalagmites, formam-se no chão da gruta devido ao gotejar constante sobre o solo que, através da acumulação sucessiva de películas de carbonato de cálcio iriam originar estalagmites. Quando uma estalactite e uma estalagmite se junta, formam uma coluna.
Rochas salinas- os evaporitos:
Os evaporitos formam se devido a evaporação da água que contém sais em solução, através da precipitação desses sais. Quando se dá a evaporação da água, os primeiros sais a precipitar são os menos dissolvidos e sucessivamente, precipitam os mais voláteis sobrepondo-se aos já formados.
3º) Rochas Biogénicas:
As rochas biogénicas são constituídas por restos de seres vivos ou por materiais resultantes de uma ação bioquímicas.
Calcário biogénico:
Os calcários biogénicos formam-se pela deposição no fundo marinho de seres com peças esqueléticas calcárias existentes no plâncton marinho. Após a sua deposição, a parte orgânica é decomposta e as conchas acabam por sedimentar evoluindo para calcários consolidados, como por exemplo, os calcários conquíferos e os calcários recifais.
Fig.6- Calcário Conquífero & Calcário Recifal. |
Carvão:
Forma-se em ambientes continentais pantanosos, ou zonas de difícil drenagem de água. Nestas zonas, a parte inferior dos musgos e outras plantas transforma-se, através da acção de microrganismos anaeróbios transformam-se em turfa, a matéria-prima do carvão, produto carbonoso, muito rico em matérias voláteis. A evolução do carvão a partir da turfa designa-se por incarbonização (perda de água e substâncias voláteis e consequente enriquecimento de carbono). No processo de incarbonização, o material vegetal da turfa sofre transformações bioquímicas, por acção de microrganismos. O aprofundamento do material vegetal leva a alterações das condições de pressão e temperatura e dão início a transformações geoquímicas, em que se verifica a perda de água e substâncias voláteis, diminuição da porosidade e o aumento da concentração de carbono.
Fig. 6- Formação do Carvão. |
O carvão menos energético é hulha, seguida da lignite (energia moderada), carvão betuminoso (energia elevada) e a antracite (energia bastante elevada).
Fig.7- Varias formas de carvão. |
Nas condições de pressão, temperatura e normais o petróleo encontra-se no estado sólido (asfaltos ou betumes), no estado liquido (petróleo bruto ou nafta) e no estado gasoso (gás natural). É constituído principalmente por plâncton, forma-se num ambiente anaeróbico e em determinadas condições de temperatura.
Fig.7- Armadilha petrolífera. |
A evolução do petróleo, até a sua verdadeira formação, pode demorar milhões de anos e ocorre na rocha-mãe.
Os hidrocarbonetos fluidos, como são pouco densos, quando sujeitas a pressão, deixam a rocha-mãe e passam a acumular se em rochas porosas e permeáveis (arenitos, conglomerados, rochas carbonatadas), a rocha-armazém. Logo a cima desta, encontra-se a rocha-cobertura, que é impermeável e tem como objetivo impedir a passagem e dispersão do petróleo para a superfície.
Este conjunto de rochas bem como outras estruturas, como falhas, dobras ou domas salinos, impedem que o petróleo acenda a superfície, constituindo assim a armadilha petrolífera, que nos permitem a extração de petróleo através dos jazigos petrolíferos.
Fig.8- Armadilhas petrolíferas provocadas por falha & doma salino. |
Nos jazigos a deposição do petróleo, da água e dos gases é feita devido ás densidades: Por baixo a água, depois o petróleo e depois os gases. O petróleo vai para as refinarias e é destilado em colunas de fracionamento gigantes. Como os seus constituintes tem diferentes pontos de ebulição, dão origem a diferentes produtos e ao longo da coluna há diferentes saídas para esses mesmo produtos.
Fig.9- Produtos da destilação do petróleo bruto. |
muito obrigado por publicar esta pagina que fala sobre as rochas ele me ajudou muito ..os meus comprimentos
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