Bem Vindo!

Bem Vindo, ao Bio & Geo, Tudo o Que Precisas de Saber! Neste pequeno blogue, de uma turma de 11º ano de uma escola do Norte, poderás encontrar noticias, imagens, power points, vídeos, entre outros documentos e publicações no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia. Esperemos que gostes!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Recursos minerais

Recursos minerais são substâncias que o Homem pode extrair da terra e utilizar em seu benefício. Os recursos minerais podem classificar-se em: 
•         Recursos minerais metálicos;
•         Recursos minerais não metálicos;


Recursos minerais metálicos: Os recursos minerais mais abundantes são: o cobre (Cu), o alumínio (Al), o zinco (Zn), o ferro (Fe) e o chumbo (Pb); por outro lado, o ouro, a prata (Ag), e a platina são os mais escassos na Natureza.
Fig.1- Zinco.

Fig.2- Platina.

Recursos minerais não metálicos: Estes recursos são relativamente abundantes na Natureza. Constituem para as sociedades modernas, substâncias que devem ser consideradas, como bens de primeira necessidade. Assim, mesmo sem o Homem se aperceber, materiais como as areias, o granito, o basalto ou o mármore são fundamentais para o seu bem-estar. 
Fig.3- Mármore.
Fig.4- Granito
Portugal é um país relativamente rico em recursos minerais não metálicos, estes assumem particular importância, como materiais de construção e de ornamentação, nomeadamente o xisto, o granito, o basalto, o mármore, o calcário, as areias e as argilas.

Fig.5- Utilidades dos Recursos Minerais.
Aconselhamos a completar o teu estudo com o visionamento deste pequeno video. Vai tirando apontamentos! :)


Bibliografia: 

Adaptado de:


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Energia Renováveis

Desde sempre o Homem teve necessidade de utilizar os recursos que encontrava na natureza para sobreviver (recursos geológicos), contudo nem sempre os utilizava de maneira adequada, podendo deixar as futuras gerações em risco. Assim, é necessária uma gestão sustentável dos nossos recursos.
Primeiramente, é necessária saber que os recursos geológicos são todos os bens de natureza geológica, existentes na crusta terrestre, passíveis de serem utilizados pelo Homem. São as principais fontes de matéria-prima, podendo encontrar-se no estado sólido, líquido e gasoso, sendo utilizadas pelo Homem nos produtos quotidianos. Dentro destes podemos encontrar dois tipos de recursos: recursos (energias) renováveis e não renováveis.
As energias não renováveis  são recursos esgotáveis, pois são consumidos a uma maior velocidade do que se formam. Exemplo: Petróleo e Gás Natural. Estes podem constituir uma reserva geológica se poderem ser explorados de forma lucrativa. Já os recursos renováveis são recursos praticamente inesgotáveis, pois regeneram-se a uma velocidade maior do que são explorados. Geralmente, provém da natureza. Exemplo: Energia Hidroeléctrica, Geotérmica, Solar, Eólica, Marinhas e Biomassa.

Energia Hidroeléctrica:
Fig.1- Esquema do funcionamento de uma central hidroeléctrica.
A energia hidroeléctrica é a obtenção de energia eléctrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de centrais eléctricas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.
A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da central eléctrica com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas.
 Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia eléctrica.
O investimento inicial e os custos de manutenção são elevados, porém, o custo do combustível (água) é nulo.
Fig.2- Barragem do Alqueva.

Atualmente, as centrais hidroeléctricas são responsáveis por aproximadamente 18% da produção de energia eléctrica no mundo.
Apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidroeléctrica não está isenta de impactos ambientais e sociais.
 A inundação de áreas para a construção de barragens gera problemas de relocalização das populações ribeirinhas e pequenos agricultores. Os principais impactos ambientais ocasionados pelo represamento da água para a formação de imensos lagos artificiais são: destruição de extensas áreas de vegetação natural, o desmoronamento das margens, o assoreamento do leito dos rios, prejuízos na fauna e à flora locais e extinção de algumas espécies de peixes.
Energia Geotérmica:
Fig.3- Central Geotérmica.
Central Geotérmica é um tipo de central eléctrica, que utiliza energia geotérmica, o calor que provem do interior da Terra para criar essa energia elétrica.
Essa energia é transferida através de um sistema composto de canos subterrâneos e de uma "bomba de sucção de calor", para aquecer ou arrefecer um edifício.
Uma bomba de sucção de calor é a componente do sistema que necessita de energia eléctrica para poder funcionar. O seu papel consiste em extrair energia térmica da Terra para um edifício durante o inverno e o contrário acontece durante o verão onde transfere o calor do edifico até uma zona mais fria da Terra, assim mantendo-o fresco.
Para isto ser realizável, a energia térmica tem de viajar através de um meio líquido (água subterrânea) contendo uma solução que previne a gelificação da água nos locais onde ela atinge temperaturas baixas.



Fig.4- Vantagens & Desvantagens da Energia Geotérmica.
Jazigo geotérmico:
É uma acumulação natural, local, de materiais geológicos a altas temperaturas, susceptíveis de serem explorados.
Características dos jazigos geotérmicos:

Para que um jazigo geotérmico possa ser aproveitado de uma maneira rentável, é necessário que se dêem determinadas condições:
  • A fonte de calor activa tem que se encontrar a uma profundidade que não supere os 10.000 m.
  • A existência de um sistema aquífero que, ao arrefecer e estando em contacto com a fonte de energia térmica, sirva de veículo para o transporte da energia.
  •  A presença de uma cobertura termicamente impermeável que impeça a dispersão da energia térmica armazenada em forma de calor.

Jazigos de baixa entalpia:

Este tipo de jazigos não se utilizam, geralmente, para a produção de energia eléctrica e as suas aplicações distribuem-se em sectores muito variados como o aquecimento central de casas e de indústrias ou a manutenção térmica de viveiros. Os jazigos de baixa entalpia são muito mais abundantes do que os de alta entalpia. Apresentam, em relação a estes últimos, a desvantagem de que a energia que se extrai deles, em forma de água quente, vapor ou uma mistura de ambas as fases, não se pode transportar a uma grande distância e, por conseguinte, deve ser utilizada em zonas relativamente próximas.
A energia geotérmica de baixa entalpia apresenta outras aplicações em sectores económicos muito diversificados.
 O sector agro-pecuário utiliza-a em estufas, em viveiros e em horticultura.
O sector industrial utiliza-a em muitos processos de fabrico e manutenção e na dessalinização de águas.
O sector de serviços usa-a como água quente sanitária, nas piscinas climatizadas, em hidroterapia e em lavandarias.



Jazigo de alta entalpia:
Estes jazigos encontram-se em locais com gradiente geotérmico elevado, ou seja, locais onde à medida que se desce em profundidade a temperatura aumenta rapidamente, atingindo facilmente os 150 graus.
 As utilidades que este tipo de jazigos apresenta são:
- Produção de energia eléctrica
- Aproveitamento térmico e termal

Energia Solar:
A Energia solar é a designação dada a todo tipo de captação de energia luminosa e energia térmica proveniente do sol, e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem.
A energia solar Fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em electricidade (Efeito Fotovoltaico).
Energia Solar Térmica
Os colectores solares são o coração de um sistema de aquecimento solar, sendo utilizados para absorver e converter a maior quantidade de radiação solar disponível em calor e transferir esse calor com o mínimo de perdas para o resto do sistema.
Existem diversos tipos de colectores, cada um com o seu próprio design, apresentando cada um deles custos e performances específicos.

Fig.5- Energia Solar Fotovoltaica.

Vantagens da energia solar
A energia solar não polui durante seu uso.
 A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de controlo existentes actualmente.
As centrais necessitam de manutenção mínima.
Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.
Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética sua utilização ajuda a diminuir a procura energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.
Desvantagens da energia solar
Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de Inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens (Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e a energia hidroeléctrica (água).
Os painéis solares têm um rendimento de apenas 25%.

Energia Eólica: 
É a energia proveniente da força do vento que faz girar as pás transformando essa energia mecânica das pás em energia elétrica. Pode parecer um pouco controverso  mas a energia eólica pode ser considerada uma forma de energia solar, pois é através do aquecimento da atmosfera pelo sol, que põem em movimento as massas de ar e consequentemente permite girar as pás dos aerogeradores e produzir energia életrica.


Fig.6 Vantagens & Desvantagens da Energia Eólica.

Além destas vantagens e desvantagens, podemos ainda dizer que a produção de energia elétrica pode ser mais fraco ou melhor, dependendo da velocidade do vento, das condições meteorológicas, entre outros... Contudo, esta é a energia renovável que menores quantidades de dióxido de carbono liberta para a atmosfera durante o seu ciclo de vida. Outra vantagem é o facto de os parques eólicos não destruírem tanto a fauna e flora e o sitio que ocupam pode ser depois completamente restaurado até ao seu ponto inicial.
Fig.7- Parque Eólico.

Energia Marinha:

É a energia proveniente da força das marés, que faz girar as pás transformando essa energia mecânica das pás em energia elétrica.

A energia das ondas:
A energia cinética do movimento ondular pode ser usada para pôr uma turbina a funcionar. A elevação da onda numa câmara de ar provoca a saída do ar lá contido; o movimento do ar pode fazer girar uma turbina. A energia mecânica da turbina é transformada em energia eléctrica através do gerador. Quando a onda se desfaz e a água recua o ar desloca-se em sentido contrário passando novamente pela turbina entrando na câmara por comportas especiais normalmente fechadas. Esta é apenas uma das formas de retirar energia da ondas. Actualmente, utiliza-se o movimento de subida/descida do onda para dar potência a um êmbolo que se move para cima e para baixo num cilindro. O êmbolo pode pôr um gerador a funcionar. Os sistemas para retirar energia das ondas são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma casa ou algumas bóias de aviso por vezes colocadas no mar.

Fig.8- Energia das Ondas.


A energia das marés:
A energia da deslocação das águas do mar é outra fonte de energia. Para a transformar são construídos diques que envolvem uma praia. Quando a maré enche a água entra e fica armazenada no dique; ao baixar a maré, a água sai pelo dique como em qualquer outra barragem. Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta. Existem poucos sítios no mundo onde se verifique tamanha mudança nas marés.

Fig.9- Energia das Marés.

Energia Biomassa:

É um recurso constituinte de matéria orgânica animal e/ou vegetal com a qual se produz gás natural que irá exercer forças sobre turbinas que transformam a energia mecânica do seu movimento em energia elétrica.

Fig.10- Exemplo de uma fonte de Energia Biomassa.
Vantagens:

-Baixo custo de aquisição; 
-Não emite dióxido de enxofre; 
-As cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de combustíveis fósseis; 
-Menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos); 
-Menor risco ambiental; 
-Recurso renovável; 
-Emissões não contribuem para o efeito estufa. 

Desvantagens:

-Menor poder calorífico; 
-Maior possibilidade de geração de material particulado para a atmosfera. Isto significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipamentos para remoção de material particulado; 
-Dificuldades no estoque e armazenamento.



Bibliografia:

Adaptado de:



terça-feira, 7 de maio de 2013

Rochas metamórficas


As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou.
Na maioria dos casos as rochas metamórficas formam-se a partir de outras rochas, que são submetidas a pressões intensas ou elevadas temperaturas. Tal processo ocorre naturalmente devido ao movimento intenso e constante do núcleo terrestre, provocando o movimento periódico da crosta do planeta (a cobertura de terra e rochas que compõem a região externa do planeta). O movimento da crosta, por sua vez, dá início a um rearranjo nas rochas localizadas na parte superior, sendo, que quando as rochas magmáticas e as sedimentares são empurradas a níveis inferiores, dando origem assim ao processo de formação da rocha metamórfica

Fig.1- Exemplos de Rochas Metamórficas.
O metamorfismo, nome dado ao fenómeno descrito acima, é passível de desenvolvimento em diversos ambientes da crosta, variando na extensão, profundidade e o grau de modificação das rochas. Os fatores determinantes para a ocorrência do metamorfismo são:
  • tipos de rochas metamórficas a serem formadas;
  • localização e extensão na crosta terrestre;
  • parâmetros físicos envolvidos;
  • mecanismo determinante para a conjunção destes parâmetros.

Fig.2- Ciclo das Rochas.

·         São três os cenários de ocorrência do fenômeno metamórfico, a saber:

·          
-> o metamorfismo regional ou dinamotermal  - ocorre em grandes extensões bem como em grandes profundidades na crosta. Suas transformações estão relacionadas à ação combinada da temperatura, pressão litosférica e pressão dirigida sendo aplicadas durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas e falhadas, sofrem recristalização, apresentando estrutura foliada. São exemplos: ardósias, xistos, gnaisses e anfibolitos.

-> metamorfismo de contato ou termal - resultado apenas da ação da temperatura, através do calor cedido por intrusão magmática que corta uma sequência de rochas sedimentares encaixantes, metamórficas ou magmáticas. Através destes cortes e do constante contato entre as superfícies teremos como resultado o fenómeno metamórfico. As rochas deste grupo são conhecidas por "hornfels".

-> metamorfismo dinâmico ou cataclástico - neste caso, o fator determinante e exclusivo é o atrito. É desenvolvido através de longas faixas e estreita adjacência de falhas, onde pressões de grande intensidade causam movimentações e rupturas na crosta.

Fig.3- Zonas de Metamorfismo.

E agora?! Que tal resolveres um pequeno exercício para ver se aprendeste alguma coisa nova? Experimenta este: http://www.netxplica.com/exercicios/geo11/rochas.metamorficas.htm.
 Have fun! ;)


Bibliografia:

Adaptado de:

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Deformação de Rochas (Metamorfismo!)


Um corpo, ao estar sujeito a uma força externa, reage através da manifestação de forças interna, cuja tendência é manter ou restaurar a forma original, diz então que esse corpo se encontra sob um estado de tensão.
Tensão esta que é considerada a força exercida por unidade de área. Se a mesma força for aplicada em duas superfícies distintas, cada uma delas com diferentes áreas, a tensão aplicada será maior quando a área considerada for menor (vice-versa).
Um estado de tensão pode expressar-se segundo duas componentes, por tensão normal e por tensão cisalhante (tensão de corte). As tensões normais, podem  ainda ser consideradas compressivas (limites convergentes ou distensivas (limites divergentes). 

Fig.1- Diferentes tipos de Tensão.

Para cada tipo de tensão ocorre um tipo de deformação. Existem então diferentes tipos de estados de tensão:


- Estado de tensão compressivo – origina falhas compressivas ou inversas, e dobras;
- Estado de tensão distensivo – origina falhas normais ou extensivas, e estiras;
- Estado de tensão cisalhante - origina falhas de cisalhamento. 

Fig.2- Deformações provocados pelos diferentes tipos de tensão.

O resultado da deformação de estruturas geológicas depende de características estruturais das rochas como a pressão e a temperatura a que estão sujeitas.
O comportamento dos materiais quando sujeitos a estados de tensão pode ser elástico ou plástico.

Comportamento elástico – é reversível, o material deforma mas, quando a tensão cessa, recupera a sua forma/volume iniciais e verifica-se quando a força aplicada não ultrapassa o limite de elasticidade.

Comportamento plástico -  é permanente, o material fica deformado sem rotura e verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao limite de plasticidade.


Fig.3- Comportamentos dos materiais geológicos quando sujeitos a diferentes tipos estados de tensão.


Resumindo, a resposta dos materiais geológicos desde a superfície até profundidades entre os 15 km e os 20 km, traduz-se num comportamento elástico, seguido de ruptura. Diz-se, neste caso, que a deformação ocorre em regime frágil. Nestas circunstâncias, a deformação pode originar falhas.
A profundidades mais elevadas e sob a acção de grandes tensões, as rochas entram, normalmente, em ruptura mais facilmente – comportamento elástico. Neste caso, a deformação diz-se que ocorre em regime dúctil. Nestes casos, tende-se a formar dobras como resultado das forças de tensão aplicadas.

Estruturas geológicas originadas por deformação: Dobras e Falhas

-> Falhas: 


Fig.4- Falha de Santo André, California (E.U.A).

É uma superfície de fratura ao longo da qual ocorre o movimento relativo dos blocos fraturados. As falhas podem resultar da atuação de qualquer tipo de tensões em rochas com comportamento frágil.

Fig.5- Elementos geométricos caracterizadores de uma falha.

Tipos de falhas:

·                    Falha normal é aquela em que os blocos rochosos se deslocaram, um em relação ao outro, segundo a inclinação do plano de falha;
·                    Falha inversa é aquela em que um bloco (chamado teto) se desloca em sentido ascendente sobre o plano de falha, relativamente ao bloco rochoso chamado muro;
·                    Falha de desligamento é aquela em que os bloco se deslocam horizontalmente e paralelamento em relação à direção do plano da falha.

-> Dobras:


Fig.6- Dobra.
Uma dobra é uma deformação onde se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas. Resultam da atuação de tensões compressão em rochas de comportamento dúctil.


Fig. 6- Elementos geométricos caracterizadores de uma dobra.

Tipos de dobras (disposição espacial):



Tipos de dobra (idade relativa das rochas da dobra):

Anticiclinal- dobra em que o núcleo da antiforma é ocupado pelas rochas mais antigas;
Sinclinal- dobra em que o núcleo da antiforma é ocupado pelas rochas mais recentes.

Atitude das camadas das dobras:

Direção- é o ângulo entre a linha N-S e alinha de intersecção do plano dado com o plano horizontal(linha horizontal do plano)
Inclinação- é o ângulo definido entre a linha de maior declive da superfície planar considerada com um plano horizontal. O valor deste ângulo varia entre os 0 e os 90 grau.

Bibliografia: 

Adaptado de:












terça-feira, 23 de abril de 2013

Diferenciação magmática

O arrefecimento do magma provoca a separação de fluidos e materiais sólidos, bem como a diferenciação magmática (processo que conduz à formação de magmas com composição química diferente a partir do mesmo magma).
Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Quando o magma arrefece, minerais diferentes cristalizam a temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual diferente do magma original.
O primeiro cientista a compreender a importância da diferenciação magmática foi Bowen, que investigou a ordem pela qual se cristalizam os magmas. Assim em trabalhos laboratoriais estabeleceu a sequencia de reacções que ocorrem no magma durante a diferenciação e criou a Série Reaccional de Bowen.
Esta série traduz a sequência pela qual os minerais cristalizam num magma em arrefecimento. Segundo Bowen, existem duas séries de reacções que se designam, respectivamente, por série dos minerais ferromagnesianos (ramo descontínuo) e série das plagióclases (série contínua).
No ramo descontínuo, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual, dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferente, e que é estável nas novas condições de temperatura.
No ramo contínuo, verifica-se uma alteração nos iões da plagióclase, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.

 
 
 
Fig.1- Série de Bowen.
 
 


Outro processo de diferenciação magmática é a diferenciação gravítica em que os cristais, são mais densos ou menos densos do que o líquido residual, e como tal eles deslocam-se para o fundo ou para o cimo da câmara magmática, respectivamente.
 
 

 
Fig.2- Esquema explicativo da diferenciação gravítica.
 
 
 Outro processo está relacionado com o facto de os magmas terem mobilidade e se encontrarem a elevada temperatura, tende por isso menor densidade que rochas sobrejacentes- Assimilação Magmática. Como tal, têm tendência para subir para os níveis mais elevados da crosta ou mesmo até à superfície. A ascensão do magma dá-se ao longo de falhas, fracturas ou outras descontinuidades, como os planos de estratificação, ou através de um processo conhecido como desmonte magmático, através do qual o magma interage com as rochas com as quais contacta, envolvendo-as e, eventualmente, fundindo-as, no que se designa como assimilação magmática.


Bibliografia:

Adaptado de:

-> http://maisbiogeologia.blogspot.pt/search/label/Rochas%20magm%C3%A1ticas.


 


quinta-feira, 18 de abril de 2013

À descoberta do Magmatismo!

As rochas magmáticas formação através da mobilidade da litosfera que, normalmente, ocorre nos limites convergentes e divergentes das placas litosféricas. Pois, é nestes locais que as condições de pressão e temperatura permitem a fusão parcial das rochas e formam magma. 
As rochas magmáticas que solidificam em profundidade designam-se por rochas intrusivas ou plutónicas (ex:granito) e as rochas que solidificam à superfície são as rochas extrusivas ou vulcânicas (ex: basalto).

Fig.1- Granito.
     
Fig.2- Basalto.



Existem quatro tipos de magmas que se diferenciam em alguns parâmetros. Contudo, apenas se dá importância a três tipos de magma e é nesses mesmos que nos vamos focar.
Antes de mais é necessário saber que a designação do magma provem do nome da rocha extrusiva.
Assim, existem o magma basáltico, magma andesítico e magma riolítico.

Fig.3- Diferentes tipos de magma.


O magma basáltico forma-se nas zonas de rift e pontes quentes e terá origem da fusão das rochas do manto e da rocha peridotito. É um magma meio viscoso, meio fluido, pois apenas apresenta 50% de sílica. Podemos assim concluir que as erupções vulcânicas constituídas por este magma são mistas. Rocha extrusiva: Basalto & Rocha intrusiva: Gabro.

Fig.3- Gabro


O magma andesítico é um dos mais complexos, formam se em zonas de subducção (placa oceânica sobre placa continental) e zonas relacionadas com atividade vulcânica.Resulta da fusão de rochas do manto, da crosta continental e crosta oceânica. Rocha extrusiva: Andesito & Rocha intrusiva: Diorito.



Fig.4- Andesito.
Fig.5- Diorito.
O magma riolítico é o mais viscoso com cerca de 70% de sílica  Este tipo de magma, forma-se em zonas de convergência, choque de placa continental com placa continental e resulta da fusão das rochas da crosta continental. As erupções vulcânicas com este tipo de magma são explosivas  pois o magma é tão viscoso que, por vezes, não consegue atingir a superfície  solidificando, assim, a rocha lentamente no interior da câmara magmática, dando originem a rocha intrusiva. Rocha extrusiva: Riolíto & Rocha intrusiva: Granito.

Fig.6- Riolíto.
Contudo, a formação da rocha magmática compreende várias fases, não só a solidificação. Por isso, fala-se na Consolidação do Magma.
Assim, a consolidação do magma, engloba a solidificação do magma e a cristalização. 
No processos de cristalização, o magma não solidifica todo ao mesmo tempo, ou seja, os minerais não se formam todos ao mesmo tempo, mas sim uns de cada vez, consoante o ponto de fusão. Os últimos minerais a serem formados são o que tem um ponto de fusão mais baixo (temperatura mais baixa) e os primeiros, tem um ponto de fusão mais elevado (temperatura mais elevada).


Fig.7- Formação dos minerais consoante a temperatura.

Durante muito tempo, pensava-se que os minerais eram caracterizadas pela composição química e estrutura interna. Contudo, isto não se verifica em todos os minerais. Assim, podemos falar de isomorfismo e polimorfismo.

Segundo o isomorfismo existem minerais diferentes ao nível química, mas semelhantes ao nível da estrutura interna e formas externas. Estes minerais chamam-se substâncias isomorfas.

Já o polimorfismo diz que apesar de alguns minerais terem a mesma composição química, podem apresentar uma rede cristalina diferente, estrutura diferente.
Exemplo de polimorfismo: o carbonato de cálcio (CaCO3), pode formar dois minerais diferentes, a calcite e aragonite.

Fig,8- Cristais de aragonite.

Fig.9- Cristais de calcite.



 
Fig.10- Quadro Síntese das diferenças entre Isomorfismo & Polimorfismo.
 
 
Agora, para testares os teus conhecimentos, tenta resolver os exercícios dos links abaixo adicionados. Bom estudo! :)


Bibliografia:

Adaptado de: