O arrefecimento do magma provoca a
separação de fluidos e materiais sólidos, bem como a diferenciação magmática
(processo que conduz à formação de magmas com composição química diferente a
partir do mesmo magma).
Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização
fraccionada. Quando o magma arrefece, minerais diferentes cristalizam a
temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição
do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por
diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual
diferente do magma original.
O primeiro cientista a compreender a importância da diferenciação magmática foi Bowen, que investigou a ordem pela qual se cristalizam os magmas. Assim em trabalhos laboratoriais estabeleceu a sequencia de reacções que ocorrem no magma durante a diferenciação e criou a Série Reaccional de Bowen.
O primeiro cientista a compreender a importância da diferenciação magmática foi Bowen, que investigou a ordem pela qual se cristalizam os magmas. Assim em trabalhos laboratoriais estabeleceu a sequencia de reacções que ocorrem no magma durante a diferenciação e criou a Série Reaccional de Bowen.
Esta série traduz a sequência pela qual os minerais cristalizam num magma em
arrefecimento. Segundo Bowen, existem duas séries de reacções que se designam,
respectivamente, por série dos minerais ferromagnesianos (ramo descontínuo) e
série das plagióclases (série contínua).
No ramo descontínuo, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual, dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferente, e que é estável nas novas condições de temperatura.
No ramo contínuo, verifica-se uma alteração nos iões da plagióclase, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.
No ramo descontínuo, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual, dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferente, e que é estável nas novas condições de temperatura.
No ramo contínuo, verifica-se uma alteração nos iões da plagióclase, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.
Fig.1- Série de Bowen.
Outro processo de diferenciação magmática é a diferenciação gravítica
em que os cristais, são mais densos ou menos densos do que o líquido residual,
e como tal eles deslocam-se para o fundo ou para o cimo da câmara magmática,
respectivamente.
Fig.2- Esquema explicativo da diferenciação gravítica.
Outro processo está relacionado com o facto de os magmas terem mobilidade e se encontrarem a elevada temperatura, tende por isso menor densidade que rochas sobrejacentes- Assimilação Magmática. Como tal, têm tendência para subir
para os níveis mais elevados da crosta ou mesmo até à superfície. A ascensão do
magma dá-se ao longo de falhas, fracturas ou outras descontinuidades, como os
planos de estratificação, ou através de um processo conhecido como desmonte
magmático, através do qual o magma interage com as rochas com as quais
contacta, envolvendo-as e, eventualmente, fundindo-as, no que se designa como
assimilação magmática.
Bibliografia:
Adaptado de:
-> http://maisbiogeologia.blogspot.pt/search/label/Rochas%20magm%C3%A1ticas.